quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

SOS

Este tema surgiu por causa do som irritante de um telemóvel (o meu…) no decurso de uma refeição.
Ouve-se o som estridente de um som de mensagem escrita de um telemóvel Nokia…
“Sabes o que quer dizer este som? Isto é S, M, S, em código Morse.”
E eu a pensar que para mim quer dizer sms porque fui eu que pus nas definições que era este o som para as sms… se fosse a “Macarena”, para mim a “Macarena” é que significava sms!”
Entretanto começam a pensar como é SOS em código Morse, provavelmente a primeira coisa que aprendem quando aprendem código Morse, mas o conhecimento ainda oferece a sua resistência a deixar-se partilhar com os restantes…

Agora se juntarem o que disse sobre o facto de o som de sms para mim significar sms porque eu o reconheço como tal, não porque é Morse, e a dificuldade de quem sabe se lembrar como se escreve SOS nessa mesma linguagem… Código Morse é giro, até tem nome de bicho gordo marinho, e até acredito que pode dar jeito… Bem, talvez mais num ambiente militar, se bem que nem os militares no geral parecem perceber muito da coisa… Tendo em conta o desconhecimento geral da linguagem pode ser usada como código, e isso dá jeito! Mas o mais importante que tudo é que o receptor perceba!
- “Então o que é que estão a dizer!?”
- “di di di da da da di di di… Hum?!”

Dá jeito ter uma lanterna quando não há iluminação, assim na ideia geral que dá jeito ver por onde se anda quer se esteja em apuros que não. E claro que é uma ferramenta útil para se ser encontrado, a luz no meio da escuridão! Quem diria que lanternas podiam ser poéticas. Seja como for, eu aposto mais na poesia de um foguete de sinalização mas, apesar de ser uma gaja e haver a ideia de uma certa tendência em andar com a casa dentro da mala (a psicose da prevenção), não é algo que tenha na mala “just in case”!
A questão é que não me parece que numa situação de stress me lembre como se escreve SOS com uma lanterna e depois é uma possibilidade, ó azar dos azares, até se fazer os sinais todos certinhos e o gajo que vê… “Olha! Uma luz a piscar! Ahhh, deixa estar, deve ser uma rave…”

Há histórias de vítimas de terramotos que ficam soterradas baterem na canalização para serem encontradas… Eu diria que as equipas de salvamento não vão ignorar um som só porque não é SOS em código Morse, pode ter a ver com o facto de estarem a ouvir qualquer coisa debaixo de escombros! Só uma ideia…
“Espera aí, estou a ouvir qualquer coisa! Ora deixa cá ver, TGHJKIR, ahhh esquece, não deve ter importância. Não é SOS!”

Acho que esta linguagem tem mais sentido em comunicações antes das coisas correrem mal e isto é supondo que não têm um telemóvel… Quando correm mal, todos os que entretanto lá chegarem sabem disso e não é preciso tradutor para saber que se se ouvem ruídos/gritos é porque a pessoa está em apuros!

Mas saber não ocupa espaço, a não ser armazenado no disco de um computador, por isso cá está o SOS em código Morse:

“SOS é o sinal enviado em situações de emergência. Quando enviado em código morse consiste em três pontos (correspondente à letra S), três traços (correspondente à letra O) e novamente três pontos (· · · — — — · · ·) - oralmente diz-se "di di di da da da di di di".
Não significa Save our Souls ou Save our Ship como correntemente é dito […], mas porque a combinação dos três pontos seguidos de três traços seguidos de três pontos é facilmente reconhecível numa transmissão em código morse, mesmo com interferências.” (1)
Toilet Flush

(1)
http://pt.wikipedia.org/wiki/SOS

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