O que eu gosto é de especialidades portuguesas. E afinal de contas, há alguma coisa mais tuga que a calçada… sim, acertaram, portuguesa!?
Tenho uma relação de amor-ódio com a dita.
Sim, concordo que tem o seu apelo estético. Bate qualquer passeio de betão aos pontos! E já que temos tendência para ter tudo pior que os outros “parceiros” da U. E. (sistema de saúde, salários, etc.) ao menos nisto damos-lhes abada! "Kick their asses!" O nosso passeio é muito mais (melhor bom) bonito que o deles! Nha nhanha nha nha nhaaaaa!
Além de ser uma das artes que se está a perder, o que lhe dá ainda mais charme.
Já se sabe, se é uma actividade antiga e está para desaparecer, passa a arte! Dá um certo sentimento de nostalgia e aquela ternurazinha, salvem a calçada portuguesa!
Quando tenho a infeliz ideia de levar algum tipo de calçado de salto alto, ainda por cima assim para o delgado, e o salto decide ficar para a conversa com a calçada e despedir-se do resto do sapato… Aí, lá se vai o sentimento de ternura e imagens de um batalhão de trolhas com martelos pneumáticos e um camião cheio de betão surgem…
Ok, respira! Conta até 10, a calçada é mesmo gira!
Chove, e até fui uma gaja racional e levei ténis… ténis é para andar, correr e, quando a calçada portuguesa polida e molhada entra em acção, patinagem! Ora, eu nunca fui grande ás na patinagem e até tenho amor aos meus ossos, inteiros de preferência!
Mas há que ver as coisas na melhor perspectiva, patinagem artística desenvolve a nossa capacidade física, potencia um melhor equilíbrio e também é bonito! Na verdade a nossa calçada portuguesa não está a ameaçar a nossa integridade física, só está a “partir-nos todos” até dominarmos a arte (mais uma e sempre de louvar) da patinagem sem patins mas com ténis em calçada portuguesa polida…
Pode estar a chover ou não… mas penso… Tenho que andar na IC19 e 2ª circular, vou de mota! Para quem não sabe, vou mostrar-vos o caminho da luz, mota é melhor que quimioterapia para atravessar o cancro que são estas duas vias!
Chego a Lisboa (garantidamente primeiro que qualquer infeliz que decidiu sair à mesma hora que eu, mais ou menos do mesmo local, mas de carro… É que nem com a “pressa política” (aquela que envolve escolta policial ao barulho) dá…) e há que encontrar sítio para estacionar. Parque para motas, claro não é!? Até é obrigatório… Nops, errado! Lugar para carros é que dá dinheiro! Duhhhh! E toda a gente sabe a situação das finanças de Lisboa coitadinhas! Eu cá ia espreitar nos “bolsos” dos que tiveram no poleiro antes… mas isso sou eu…
E nem pensar em estacionar no lugar de um carro, a não ser que achem que não há problema em encontrarem a vossa mota a dormir uma soneca num contacto up close and personal com o asfalto porque uma lata achou que ela estava a atrapalhar…
Eis que surge como uma luz ao fundo do túnel… a calçada portuguesa, que é como quem diz, o passeio! Põe-se assim bem encostado de forma a não incomodar os peões, põem-se os 40 000 cadeados (mota é pior que esposa na época medieval, os(as) donos(as) põem-lhes todos os cintos de castidade possíveis, últimos gritos em tecnologia se houver dinheiro para isso! Paranóias… ;) ) e está maravilha!
A miragem fica mais negra quando se repara no quão polido parece o lancil que tem que se subir… Se não se reparou acaba por se dar conta quando a roda da mota tem um deslize…
Se se reparou, vai-se preparado, é pôr o mais perpendicular possível e cá vou eu… Não há cá dúvidas existenciais, isto é para gente decidida! “Ah e tal mas não sei se quero subir…”, parar a meio pode ser mesmo muuuuito má ideia… Principalmente quando não se é exactamente uma viga! Quando o mundo parecer estar a deitar-se… és tu a cair! Sai debaixo da mota, os plásticos não crescem como os ossos mas ao menos compram-se! Lol
Quando nem tudo corre como o esperado a calçada portuguesa faz a sua “costumização” à nossa mota… “F!#% da p&/$!!! A minha querida motinha!” Nada disso! Pelo menos não te estampaste contra nada, foram “só” plásticos e aprendeste a desconfiar de superfícies luzidias…
Lembrei-me de outra vantagem da calçada portuguesa, porque é tradicional, está em zonas importantes da cidade e é chata de fazer como tudo, quando se lembram de instalar canos para isto ou aquilo certificam-se que mexeram em todos os canos que queriam nos próximos meses para não terem que voltar a fazer aquilo e até nem se esquecem de voltar a fazê-la…
Já com passeios de betão, primeiro vem a companhia do gás, que abre uma canal pelo passeio, fecha, depois aparece a companhia de electricidade 1 mês depois que reabre exactamente o mesmo canal, fecha, "and so on and so on"… Cada um quer um buraco só seu para se enterrar…
E depois há sempre a possibilidade de se esquecerem de um buraco com 1 metro de profundidade sem sinalização… "Yeap, you got it! Been there, done that…"
É interessante quando o chão foge repentinamente dos nossos pés e numa altura estamos a olhar para a cara de uma amiga e noutra para os pés da mesma…
Por sorte conservei todos os ossos do corpo intactos e deu para umas quantas gargalhadas, mas é fofo não é!?
Agora já sabem, quando se depararem com a nossa amiga calçada portuguesa, cuidado, está cheia de lições para dar… "Tough love!"
Toilet flush
Tenho uma relação de amor-ódio com a dita.
Sim, concordo que tem o seu apelo estético. Bate qualquer passeio de betão aos pontos! E já que temos tendência para ter tudo pior que os outros “parceiros” da U. E. (sistema de saúde, salários, etc.) ao menos nisto damos-lhes abada! "Kick their asses!" O nosso passeio é muito mais (melhor bom) bonito que o deles! Nha nhanha nha nha nhaaaaa!
Além de ser uma das artes que se está a perder, o que lhe dá ainda mais charme.
Já se sabe, se é uma actividade antiga e está para desaparecer, passa a arte! Dá um certo sentimento de nostalgia e aquela ternurazinha, salvem a calçada portuguesa!
Quando tenho a infeliz ideia de levar algum tipo de calçado de salto alto, ainda por cima assim para o delgado, e o salto decide ficar para a conversa com a calçada e despedir-se do resto do sapato… Aí, lá se vai o sentimento de ternura e imagens de um batalhão de trolhas com martelos pneumáticos e um camião cheio de betão surgem…
Ok, respira! Conta até 10, a calçada é mesmo gira!
Chove, e até fui uma gaja racional e levei ténis… ténis é para andar, correr e, quando a calçada portuguesa polida e molhada entra em acção, patinagem! Ora, eu nunca fui grande ás na patinagem e até tenho amor aos meus ossos, inteiros de preferência!
Mas há que ver as coisas na melhor perspectiva, patinagem artística desenvolve a nossa capacidade física, potencia um melhor equilíbrio e também é bonito! Na verdade a nossa calçada portuguesa não está a ameaçar a nossa integridade física, só está a “partir-nos todos” até dominarmos a arte (mais uma e sempre de louvar) da patinagem sem patins mas com ténis em calçada portuguesa polida…
Pode estar a chover ou não… mas penso… Tenho que andar na IC19 e 2ª circular, vou de mota! Para quem não sabe, vou mostrar-vos o caminho da luz, mota é melhor que quimioterapia para atravessar o cancro que são estas duas vias!
Chego a Lisboa (garantidamente primeiro que qualquer infeliz que decidiu sair à mesma hora que eu, mais ou menos do mesmo local, mas de carro… É que nem com a “pressa política” (aquela que envolve escolta policial ao barulho) dá…) e há que encontrar sítio para estacionar. Parque para motas, claro não é!? Até é obrigatório… Nops, errado! Lugar para carros é que dá dinheiro! Duhhhh! E toda a gente sabe a situação das finanças de Lisboa coitadinhas! Eu cá ia espreitar nos “bolsos” dos que tiveram no poleiro antes… mas isso sou eu…
E nem pensar em estacionar no lugar de um carro, a não ser que achem que não há problema em encontrarem a vossa mota a dormir uma soneca num contacto up close and personal com o asfalto porque uma lata achou que ela estava a atrapalhar…
Eis que surge como uma luz ao fundo do túnel… a calçada portuguesa, que é como quem diz, o passeio! Põe-se assim bem encostado de forma a não incomodar os peões, põem-se os 40 000 cadeados (mota é pior que esposa na época medieval, os(as) donos(as) põem-lhes todos os cintos de castidade possíveis, últimos gritos em tecnologia se houver dinheiro para isso! Paranóias… ;) ) e está maravilha!
A miragem fica mais negra quando se repara no quão polido parece o lancil que tem que se subir… Se não se reparou acaba por se dar conta quando a roda da mota tem um deslize…
Se se reparou, vai-se preparado, é pôr o mais perpendicular possível e cá vou eu… Não há cá dúvidas existenciais, isto é para gente decidida! “Ah e tal mas não sei se quero subir…”, parar a meio pode ser mesmo muuuuito má ideia… Principalmente quando não se é exactamente uma viga! Quando o mundo parecer estar a deitar-se… és tu a cair! Sai debaixo da mota, os plásticos não crescem como os ossos mas ao menos compram-se! Lol
Quando nem tudo corre como o esperado a calçada portuguesa faz a sua “costumização” à nossa mota… “F!#% da p&/$!!! A minha querida motinha!” Nada disso! Pelo menos não te estampaste contra nada, foram “só” plásticos e aprendeste a desconfiar de superfícies luzidias…
Lembrei-me de outra vantagem da calçada portuguesa, porque é tradicional, está em zonas importantes da cidade e é chata de fazer como tudo, quando se lembram de instalar canos para isto ou aquilo certificam-se que mexeram em todos os canos que queriam nos próximos meses para não terem que voltar a fazer aquilo e até nem se esquecem de voltar a fazê-la…
Já com passeios de betão, primeiro vem a companhia do gás, que abre uma canal pelo passeio, fecha, depois aparece a companhia de electricidade 1 mês depois que reabre exactamente o mesmo canal, fecha, "and so on and so on"… Cada um quer um buraco só seu para se enterrar…
E depois há sempre a possibilidade de se esquecerem de um buraco com 1 metro de profundidade sem sinalização… "Yeap, you got it! Been there, done that…"
É interessante quando o chão foge repentinamente dos nossos pés e numa altura estamos a olhar para a cara de uma amiga e noutra para os pés da mesma…
Por sorte conservei todos os ossos do corpo intactos e deu para umas quantas gargalhadas, mas é fofo não é!?
Agora já sabem, quando se depararem com a nossa amiga calçada portuguesa, cuidado, está cheia de lições para dar… "Tough love!"
Toilet flush
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