quinta-feira, 17 de julho de 2008

O melhor terapeuta amoroso

Não há melhor terapeuta amoroso que a mota. Não há mesmo! E apesar do preço da gasolina (é melhor não entrar por aí), avaliando o custo/benefício, é bem mais económico que um terapeuta “a sério” (daqueles com “canudo”) e deve ser mais eficaz.

Se pensarmos na mota como um terapeuta tradicional cumpre a função perfeitamente. É uma excelente ouvinte, fica ali, quietinha e calada, enquanto desfiamos as nossas desgraças amorosas. E tem a vantagem de ser geralmente bem mais bonita que o/a terapeuta, não cobra a consulta e depois ainda nos pode levar para um passeio para relaxar!

Mas a melhor faceta é o seu potencial como terapeuta no calor do momento que os terapeutas tradicionais não têm.
Vamos a alguns casos reais… inventados claro!

Estão em casa e chateiam-se por alguma razão, qualquer uma, não precisa de ser algo muito importante como qualquer casal sabe. Há dias em que se acorda de mal com o mundo e a vítima mais próxima é a cara metade… Não, não é TPM, os gajos também têm essas flutuações de humor e não têm dos tais “dias em que se sangra um bocadinho” (private joke). Mas destas discussões nasceu uma das melhores criações humanas… Não é mariquices como ficarem mais amigos, compreenderem-se melhor, fortalecerem a relação… é mesmo o make up sex! Eh eh!

Mas voltando à discussão, cada um vai buscar as mágoas ao arquivo de memória, manda a cara do outro e arma-se a confusão.
Provavelmente qualquer terapeuta ditará que a solução passa por parar de discutir, acalmar os ânimos e resolver os problemas, mas não diz como é que se consegue realizar os 3 passos…
Ora parece-me que a melhor forma de acabar a discussão é não estar no mesmo sítio que a outra pessoa! E esta hem!? Depois de sair da casa, batendo com tudo quanto é porta para libertar a tensão claro está, acabou a discussão. Conclui-se assim o 1º passo.
Vai-se ter com a teraupeuta de duas rodas e ela leva-nos a dar um passeio. Quem tem mota sabe, depois de um belo passeio o ânimo está-se manso como um gatinho a ronronar! Ponho ênfase no depois porque durante pode ser calmante ou o contrário, depende de como se conduz! Cá está o 2º passo concluído graças à nossa terapeuta pessoal.
Quando se volta tem-se todas as condições reunidas para o 3º passo! O segundo passo depende dos intervenientes mais do que da terapeuta, mas se o outro também tiver ido passear de mota ajuda!

Outra situação. Saíram para algum lado e a cara metade está no seu modo pica miolos. A resolução é óbvia – ir ter com a terapeuta e vai-se dar uma volta. Se a cara metade não for, o benefício é óbvio, mas se for, também é. Se não tiveram a triste ideia de arranjar capacetes com intercomunicadores (biiiiiig mistake)… oh the sweet sound of silence! A partir de certa velocidade bem que podem falar que não se ouve nada, e de outra certa velocidade já não querem falar de todo… quanto muito gritam…
Não recomendo a última hipótese porque quando pararem vão ter que lidar com a cara metade agora em modo de picar os miolos literalmente!

Mais uma situação útil mas agora para evitar a bronca. Vai-se passear com aqueles amigos da cara metade para os quais não há muita pachorra. Novamente, terapeuta to the rescue!
Se vão todos de mota, é perfeito, pelo menos até ao destino não se tem que os aturar! Evita chegar ao ponto de saturação que eventualmente leva à bronca.
Se é para ir de carro… Que vão eles! Acompanha-se de mota. Mais uma vez, tudo a bem da paz… pás pás pás

Toilet Flush

segunda-feira, 21 de abril de 2008

A minha contribuição para as fitas abençoadas

Depois de mais de 1 mês a conhecer profundamente o interior da minha mala… finalmente a fita da Cátia saiu da “prisão”. Desconfio que teve algo a ver com uma sms a dizer que precisava entregá-la escrita no fim deste mês!
Eu não resisto a referir esta característica minha altamente tuga… Fazer tudo em cima da altura! Fazer com antecedência “não dá pica”!
Não há defeitos nos tugas… há peculiariedades… daquelas chatas… mas peculiariedades! ;-)
Seja como for já está pronta! Com direito a desenvolvimento muscular do meu braço direito para escrever tanto numa letra tão pequenina e ainda tive que cortar!

“Finalmente acabou o martírio da “escolinha”!
Acabaram os dias de estudo para os malfadados exames e os longos trabalhos de grupo! Que invariavelmente acabavam em galhofa…
Dos rally tascas que fazem um mal danado ao fígado! Mas um bem à alma…
E fornecem sempre daqueles momentos kodak que se espera que nunca sejam divulgados caso venhas a ser famosa… Como é claro que vais ser famosa tenho que ter uma conversinha com os teus colegas, parece-me que tenho um futuro brilhante de chantagem… “Nice”! Não!?
A vida de estudante é daquelas lixadas! Para além de afectar a mioleira, que tanto marranço dá curto-circuito, e dos perigos para a saúde da “figadeira”. Há que considerar as longas tardes livres que fazem uma pessoa queimar mais miolos para arranjar que fazer – estudar não é opção e qualquer coisa que remotamente possa necessitar de um nível mínimo de esforço, também não – e invariavelmente se acaba na árdua tarefa do “dolce fare niente”… Não é qualquer um!
E as manifestações!? É preciso um certo nível de treino para ter uma resposta à atrasado mental quando se é abordado pela comunicação social! E há que manter o rabinho jeitozinho e limpinho caso seja necessário um “mooning” ocasional para algum membro do governo ou das autoridades… E os membros do governo merecem a exposição de um rabinho nas suas caras, mas não um jeitozinho e limpinho… os estudantes é que são amigos!
Mas essa vida difícil são águas passadas! Agora é que vai ser bom, “money making time”!
Montões de crianças ranhosas aos gritos, que fazem um cócózinho só para tu limpares além da birrazinha que calha sempre bem.
Tens que admitir que és uma afortunada, ao menos tens um atributo natural que desarma qualquer puto… Nenhum puto resiste a uma copa E… Nenhum! Aos 3 anos nem um futuro gay!
E há outra vantagem, só na faixa etária abaixo dos 5 anos é que encontras amiguinhos que gostem tanto de um urso estranhamente simpático (assim a cair para o apaneleirado como todos os desenhos animados para essa faixa etária), que acha que deve usar uma t-shirt mas que calças não é preciso e com uma paranóia com mel… :-p
Tens sucesso garantido! Vais fundar o MacDonald’s dos infantários, com os teus infantários espalhados por todo o país os putos não vão conseguir fugir! (acrescentar riso sádico aqui)
Nessa altura, tens uma mansão em todos os pontos do mundo e já ofereceste uma à tua grande amiga Lígia… Certo!? É bem que sim!
Também tens direito a uma conta recheada (é claro!), vários Ferrari, Lamborghini, Rolls Royce e outros carros igualmente ou ainda mais caros, o iate, o jacto particular e vários escravos sexuais… Novamente, não te esqueças das amigas! Sei de uma MV Agusta mesmo à minha medida… E também deve haver uma mesmo à minha medida em todas as outras marcas… eh eh!
A MV Agusta e as outras está como os carros xpto para ti, o Yaris continua a ser o melhor carro do mundo! É só para ter!
A SV é a “mais melhor boa” de todas!

Mas era só para dizer, BOA SORTE! Tudo e mais alguma coisa que queiras com Iva (20% ainda rende!)
Vai-te a eles!

Lígia Vieira”

Toilet flush

sexta-feira, 28 de março de 2008

Era um homem novo

Este tópico ocorreu-me com uma daquelas conversas dos meus pais que acabam em “Ah, uma pena, era um homem novo…”.
Basicamente há uma fatalidade qualqu
er, não é morte natural… quer dizer, morrer é natural... mas é daquelas mortes mais chatas sem ser no sono e tal… bem, morrer é sempre chato… Oh, whatever! You know what I mean!
Seja como for, sabem que alguém que conheciam faleceu. Seguem-se as perguntas do costume de como é que foi e assim. E depois a “punch line” Era um homem novo…
Como, regra geral, não sei de quem estão a falar pergunto “Mas afinal que idade é que ele tinha?” A resposta, normalmente, também não é a que estaria à espera… 70, 70 e poucos…

Ora aqui está o truque! Lembro-me perfeitamente que há uns anos atrás (uns valentes anos atrás), pessoas com 70 anos para os meus pais já eram razoavelmente velhos… A diferença é que eles agora estão a caminhar para essa idade e à luz do passar dos anos a nossa perspectiva vai mudando…
E diga-se de passagem que, com o aumento da esperança de vida, até têm razão!
Sim, que os “jovens” de agora eram uma raridade há relativamente poucos anos.
Em 1920 a esperança média de vida em Portugal estava pelos 37 anos. Bem, por aí se calhar fazia bastante sentido começarem a procriar aos 14 anos… Não tinham assim tanto tempo para tomar conta deles… Ter filhos aos 30 como agora, podia não correr lá muito bem… (1)

Quando tinha 5 anos as pessoas nem sequer morriam, iam para o céu e tal. Não me parecia algo assim tão aterrador.
Claro que com o passar do tempo a morte em vez de ser ver a luz e ir ter com os anjinhos, ficou a parecer-se mais com a figura assustadora dos filmes com foice e tudo.
Aos 14 anos, pessoas com 30 anos para mim já eram velhos… Não a ponto de ser natural morrerem! Talvez em 1920…
Mas quem diria que agora a aproximar-me dos 30 ainda me sinta uma “chavala”.
Ainda não cheguei à fase das pessoas com 70 anos serem jovens. Suponho que se tiver a sorte de chegar à idade dos meus pais a sentir-me como eles venha a ter essa perspectiva. Pode ser que lá chegue, pode ser que não…

A conclusão a que chego é que a idade “ideal” para se morrer é sempre uma bem mais avançada que a nossa… Independentemente de ser ter 10, 20, 50 ou 100 anos!
Se no início da nossa vida nem pensamos que algum dia vamos morrer. Bem, sabemos que vamos morrer eventualmente mas é um eventualmente BEM longínquo.
Com o avançar da idade ficamos com cada vez mais medo da morte! Com 50 anos há a famosa crise masculina para recuperar a juventude… Vocês sabem… o desportivo descapotável, a tentativa de se enrolar com uma gaja com a idade da filha... o medo do fim ao seu máximo!
Mas pode-se tirar uma ideia positiva da crise dos 50 – quer dizer que até aos 50 anos não se tinham apercebido que a idade era assim tanta!
As mulheres parecem-me ter tendência para se aperceber disso logo… Começam com a paranóia das rugas e dos cabelos brancos aos 20!

Resumindo: É tudo jovem, desde que tenha a minha idade ou próxima… E são todos velhos! Sempre que sejam bem mais velhos que eu!

(1)
http://www.ics.ul.pt/investiga/projectos/sitsoc/cap/0115.htm


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domingo, 2 de março de 2008

Cães e veículos motorizados

Quem não gosta daquelas criaturas peludas, com uma produção geralmente exagerada de baba, com aquela distinta expressão de otárias no focinho, com tendência para comer um quantidade exagerada de comida e mesmo assim fazer olhinhos de quem não come há semanas?! Claro que estou a falar de cães… What else!?
Com este tipo de descrição supostamente seriam bastante fáceis de decifrar… mas isso seria se se comportassem de acordo com algum tipo de lógica… o que nem sempre acontece!

Vamos começar pela “infância” canina. Arranjam-se ossos, bolas e uma data de tralhas para libertarem a grande quantidade energia destrutiva que têm. Mas resulta!? Claro que não!
Qualquer tipo de calçado é muito mais interessante! Deve ser a vingança das patas descalças! Também pode ser pela variedade de sabores – peles, tecidos – misturado com o verdadeiro “eau de” chulé! Dá um toque especial certamente…
Parece que têm um olfacto muito apurado mas têm umas preferências muito esquisitas… “Olá! Não estou bem a ver quem és… Hum… Mas aposto que se te cheirar o “ass” sei logo!”

Há características que se vão manter ao longo de toda a vida de um cão.
Como a habilidade para se posicionarem sempre no local onde mais incomodam. Quando se diz para saírem do sítio onde estão, só se pode prever que vão para outro sítio ainda mais chato do qual ainda não nos tínhamos apercebido.
É a obsessão pelo contacto com os donos, nem que seja por meio de pisadelas e tropeções… Em que normalmente o dono é que se torce todo para não os magoar.

Já se sabe que com um cão o love é sempre though… “Ena, ena, estou tão feliz! Agora vou mandar-te ao chão, babar-te todo e depois dou-te uma sova de cauda! Boa!?”

Agora no top das coisas sem lógica que os nossos amigos caninos fazem está o correr atrás de carros ou motas e ladrar às rodas…
Que corram atrás de gatos, ratos e afins, ok até pode ser, é o instinto animal da caça, blá blá blá… Mas, se têm um olfacto tão apurado já se devem ter apercebido que aquilo cheira mal mas não cheira a bicho nenhum que conheçam… E certamente não estará na memória da espécie como algo que se coma… Manadas e manadas de carros e motas! Ou então não!
Se calhar, acharam piada ao carro ou à mota (principalmente às motas) e querem conduzir. Não sabem conduzir mesmo! Bem, se for por cobiça, ao menos têm bom gosto… bikes! A intercepção é que, regra geral, corre mal para o cão, para o motociclista ou mesmo para os dois… Conduzir é em cima da mota não por baixo das rodas… dahhh!
Segundo o Garfield será o “chamamento” irresistível para enterrar objectos. O Oddie enterrava os carros no quintal, nunca se sabe quando poderiam vir a dar jeito…!? Mas lá está a falha de lógica outra vez, quando enterram é para guardar para usar mais tarde… Mas vão fazer o quê com o carro ou a mota mesmo!?

Quer-me parecer que os cães não são lá muito movidos pela razão…
Mas já tiveram tantos encontros imediatos com carros e motas que já deviam saber que pode ser má ideia dirigirem-se para a luz no meio da escuridão, pode não ser a salvação mas antes o contrário… Que a chapa é dura, que as presas (carros e motas) nem sempre se desviam e que pode doer!

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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Vício da doença

O Vício de estar doente, não sei se é exclusivo do nosso país, mas desconfio que sim.
Acho que vem a par com o sentimento de coitadinho. Gostamos de ser os coitadinhos e há maior razão para ser coitadinho do que estar doente!? Sim, é razão mais pertinente, porque o importante é a saúdinha… se não há saúdinha… já sabem, coitadinho!
Até os nossos telejornais exploram esta nossa faceta de coitadinhos, a não ser que exista um acontecimento altamente escandaloso (é o que “vende”) que dê para explorarem até à última gota dando notícias que não o são (tipo… Maddie!?), gostam sempre de partilhar a história de um(a) desgraçado(a) qualquer com “o país”. E seja por uma razão ou por outra, é um bom recurso, desgraçados há sempre!

Há desgraçados de vários tipos mas os que mais enternecem o “povão” é o doentinho! O coitadinho que por mais que faça não tem acesso aos cuidados médicos que precisa. A questão que se põe é: Estamos em Portugal! Mas há alguém, sem ter uma pipa de massa, que tenha efectivamente acesso aos cuidados médicos que precisa, e também muito importante, na altura em que precisa!?
Exacto! Na verdade a empatia não é por piedade, é por se sentirem identificados! Na verdade somos todos coitadinhos, que é como nós gostamos.
A única maneira de nos safarmos de ser coitadinhos, é não adoecermos de todo. E é difícil convencer as pessoas por cá que não estão doentes!

Mas mais do que as “histórias da vida” com que os nossos telejornais nos presenteiam diariamente, há sempre uma notícia para a saúde… Ou melhor, sobre a doença.
Ele é cegos, diabéticos, hipertensos, stressados… E depois a cereja no topo do bolo, a estatística de quantas pessoas existem com aquele problema! E raramente é menos de 1 milhão de pessoas com aquela doença. Eu desconfio que é a contar com os doentes, os que são mas não sabem, os que não são mas vão ser…

Ora se temos 1 milhão de pessoas por doença no país, tivermos em conta que temos sensivelmente 10 milhões de habitantes e que certamente existem bastante mais que 10 doenças a aparecer na televisão como alarmantes… Ou somos todos, sem excepção, doentes e a maioria acumula umas quantas doenças… ou para haver alguém saudável há outra que deve reunir as doenças todas… Um que acaba por ser cego, surdo, mudo, diabético, hipertenso, sei lá mais o quê, e com tanta doença, não admira que seja stressado!

Não digo que de facto não existam muitas pessoas com aquelas doenças, que muitas vezes são doenças provocadas por hábitos pessoais e que até deve haver algum motivo para alarme para o problema não se tornar maior. Mas acham mesmo que a política do terror ajuda? Que o senhor ou senhora está doente, todos percebem, o difícil é convencer as pessoas que aquilo não foi azar mas sim consequência dos seus hábitos, que por acaso são partilhados por grande parte da população…

O Vício da doença acentua-se com a idade. Claro que pessoas com mais idade têm maior tendência para acentuar as doenças que já tinham antes e arranjar novas, mas acredito que se a esperança de vida é cada vez maior se calhar é porque fisicamente estão em melhores condições e por isso vivem mais tempo. É que se for para estar igual ou ainda mais doente mas durar mais tempo não parece fazer sentido, além de ser mau negócio!
De certeza que já ouviram os debates acessos entre comadres para decidir afinal quem está mais doente. Esgrimem convictamente com todas as doenças que têm e os vários medicamentos que têm que tomar (sabem sempre o nome deles todos). No final, raramente alguma se dá por vencida e declaram um empate técnico. Mas ficam felizes porque são pelo menos tão desgraçadinhas como a outra.
E se algum dia for essencial saberem com exactidão o tempo que vai fazer amanhã, é só perguntarem a qualquer senhora mais idosa como é que está dos ossos…

A ancestralidade deste vício vê-se pela adoração e deferência que prevalece pelos “dealers”… Claro que estou a falar dos médicos!
O Sr. Doutor tem sempre razão, excepto quando diz que não está doente, nesse caso é incompetente. Podem inventar as doenças que quiserem que até agradecem, dizer que até se é saudável, isso é que não!
E os Srs. Doutores, que gostam do tratamento real, já aprenderam o jogo, quando alguém se queixa de alguma coisa existem vários princípios que se devem seguir: assumir que é necessário tratamento, receitar os medicamentos e mandar fazer os exames depois. Quando se cumprem estas regras, o trato com os pacientes é irrelevante, podem ser as maiores bestas, porque a resposta vai ser sempre “Sim, Sr. Doutor!”.

Já me aconteceu uma conversa deste tipo:
- “Não estou a ver nada… Mas vou-lhe receitar isto, isto e isto.”
- “Se não está a ver nada de mal, se calhar é melhor esperar que passe...”
Escusado será dizer que receitou os medicamentos na mesma.

Médicos são na verdade p&%$s finas, as pessoas pagam, eles acabam por fazer o que as pessoas querem e deixam-nas deslumbradas, a parte fina é que, eles é que são as p&%$s mas depois as pessoas é que são tratadas abaixo de cão… e deixam!

Será Fetiche?

Toilet Flush

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

SOS

Este tema surgiu por causa do som irritante de um telemóvel (o meu…) no decurso de uma refeição.
Ouve-se o som estridente de um som de mensagem escrita de um telemóvel Nokia…
“Sabes o que quer dizer este som? Isto é S, M, S, em código Morse.”
E eu a pensar que para mim quer dizer sms porque fui eu que pus nas definições que era este o som para as sms… se fosse a “Macarena”, para mim a “Macarena” é que significava sms!”
Entretanto começam a pensar como é SOS em código Morse, provavelmente a primeira coisa que aprendem quando aprendem código Morse, mas o conhecimento ainda oferece a sua resistência a deixar-se partilhar com os restantes…

Agora se juntarem o que disse sobre o facto de o som de sms para mim significar sms porque eu o reconheço como tal, não porque é Morse, e a dificuldade de quem sabe se lembrar como se escreve SOS nessa mesma linguagem… Código Morse é giro, até tem nome de bicho gordo marinho, e até acredito que pode dar jeito… Bem, talvez mais num ambiente militar, se bem que nem os militares no geral parecem perceber muito da coisa… Tendo em conta o desconhecimento geral da linguagem pode ser usada como código, e isso dá jeito! Mas o mais importante que tudo é que o receptor perceba!
- “Então o que é que estão a dizer!?”
- “di di di da da da di di di… Hum?!”

Dá jeito ter uma lanterna quando não há iluminação, assim na ideia geral que dá jeito ver por onde se anda quer se esteja em apuros que não. E claro que é uma ferramenta útil para se ser encontrado, a luz no meio da escuridão! Quem diria que lanternas podiam ser poéticas. Seja como for, eu aposto mais na poesia de um foguete de sinalização mas, apesar de ser uma gaja e haver a ideia de uma certa tendência em andar com a casa dentro da mala (a psicose da prevenção), não é algo que tenha na mala “just in case”!
A questão é que não me parece que numa situação de stress me lembre como se escreve SOS com uma lanterna e depois é uma possibilidade, ó azar dos azares, até se fazer os sinais todos certinhos e o gajo que vê… “Olha! Uma luz a piscar! Ahhh, deixa estar, deve ser uma rave…”

Há histórias de vítimas de terramotos que ficam soterradas baterem na canalização para serem encontradas… Eu diria que as equipas de salvamento não vão ignorar um som só porque não é SOS em código Morse, pode ter a ver com o facto de estarem a ouvir qualquer coisa debaixo de escombros! Só uma ideia…
“Espera aí, estou a ouvir qualquer coisa! Ora deixa cá ver, TGHJKIR, ahhh esquece, não deve ter importância. Não é SOS!”

Acho que esta linguagem tem mais sentido em comunicações antes das coisas correrem mal e isto é supondo que não têm um telemóvel… Quando correm mal, todos os que entretanto lá chegarem sabem disso e não é preciso tradutor para saber que se se ouvem ruídos/gritos é porque a pessoa está em apuros!

Mas saber não ocupa espaço, a não ser armazenado no disco de um computador, por isso cá está o SOS em código Morse:

“SOS é o sinal enviado em situações de emergência. Quando enviado em código morse consiste em três pontos (correspondente à letra S), três traços (correspondente à letra O) e novamente três pontos (· · · — — — · · ·) - oralmente diz-se "di di di da da da di di di".
Não significa Save our Souls ou Save our Ship como correntemente é dito […], mas porque a combinação dos três pontos seguidos de três traços seguidos de três pontos é facilmente reconhecível numa transmissão em código morse, mesmo com interferências.” (1)
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(1)
http://pt.wikipedia.org/wiki/SOS

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

The Birds and The Bees

Sexualidade, um tema quente da actualidade agora que todos, ou quase todos, estão conscientes que DSTs (Doenças Sexualmente Transmitidas) existem e são uma possibilidade bastante real. Para além deste forte inconveniente de umas “cambalhotas”, existe o mais antigo de todos… as contas de matemática trocadas – 1 + 1 afinal pode dar 3!
É do número três da soma que quero falar, de quando surge a pergunta “De onde é que vêem os bebés!?” e das várias formas de florear a coisa que os 1 + 1 arranjaram!
A piada da coisa é que, se antes as crianças já sabiam mais do que lhes ensinavam, agora sabem ainda mais, e agora começam pelo que “interessa”… É mais ou menos no seguimento das primeiras palavras que se aprende de uma língua estrangeira serem precisamente as asneiras… Nada mais importante que praguejar na língua correcta!
O que quero dizer é que deve estar mais difícil enganá-las com uma história qualquer.

Todos conhecem a história da cegonha! É que era difícil arranjarem uma desculpa mais estúpida que esta…
- “Ó pai, de onde vêm os bebés?!”
- “São as cegonhas que trazem”
É que nem é preciso a criança saber muito de antemão, basta algum raciocínio básico que até é mais aguçado que o dos pais…
- “E porque é que a mãe fica sempre muito gorda antes da chegada da cegonha!?”
Ahh… Pois!
Sim, o que mais já se viu praí foram cegonhas a transportar bebés, é o pai natal para o presentes e as cegonhas para os bebés… Será que também têm duendes a fabricar bebés…
- “Fabricar como?”
- “Isso agora não interessa, vai já para a cama!”
Bem, nunca vi nenhuma cegonha a transportar bebés mas também não sei de nenhuma electricista e supostamente foram responsáveis pelo apagão… ;)

Depois também há a versão pai jardineiro, mãe jardim.
- “De onde vêm os bebés!?”
- “Sabes o pai põe uma sementinha na barriga da mãe que depois cresce e dá um bebé!”
- “Põe a semente como!?”
- “Isso agora não interessa, vai já para a cama!”
Os pais parecem ser péssimos contadores de histórias, aliás, nem histórias arranjam, é só mesmo o tópico geral… falta-lhe a imaginação para o desenvolvimento!
Acho piada a esta história porque tem um quê de verdade. Têm é que afinar com o método de semeio… ;)

Agora a versão que eu não consigo imaginar como é que é explicada é a dos Birds and the bees… Como é que se metem pássaros e abelhas à molhada e vai dar em bebés!?
The flowers and the bees ainda vá, as abelhas são especialistas em “engravidar” plantas com flor… E são “pais” fdp’s, engravidam a desgraçada (polinizam), roubam as poupanças (néctar) e só aparecem novamente quando as mães já se encaminharam a ninhada anterior e juntaram novas poupanças! Não há condições!
The flowers and the birds também dá, os beija-flor são bastante conhecidos, e beijoca a beijoca, fazem das suas.
Agora pássaros e abelhas… as abelhas dão uma ferroada nas pássaras e engravidam-nas!? Havia de dar umas crias lindas… ou então não!

Acho que estas explicações versão Disney de fazer bebés sempre vão existir, deve ser parte integrante de ser pai não resistir a tentar florear a coisa. Mas parece-me que nos tempos que correm vão parecer extremamente inúteis… Especialmente quando o alvo da “peta” perguntar algo como:
“Mas então para que é que dás “quecas” com a mãe!?”

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